domingo, 12 de junho de 2011

SOS BOMBEIROS

AGRADECIMENTO AO APOIO DA POPULAÇÃO
AGRADECIMENTO AO APOIO DA POPULAÇÃO

Nós estamos recebendo da população fluminense e de diversas partes do país e do mundo apoio e  solidariedade neste momento de muita tristeza e também de muita luta. Acostumados a salvar vidas, desta vez estamos pedindo a ajuda a vocês. Como diz o Hino do Soldado do Fogo, NENHUM PASSO DAREMOS ATRÁS! Toda a nossa gratidão pelo apoio e todo o nosso compromisso em SALVAR!


>> Nesta quinta-feira, 09 de junho de 2011, os heróis presos em Jurujuba prepararam uma faixa em convocam para o ato pacífico de domingo, 12/06, e agradecem à população fluminense pelo apoio e solidariedade. A faixa foi proibida e precisou ser levada por familiares para o canteiro na rua em frente ao quartel.
 



>> Durante a visita dos familiares em 09 de junho, os heróis presos em Jurujuba fizeram um ato em agradecimento à solidariedade e ao apoio da sociedade fluminense. À frente da tropa de heróis presos injustamente, os militares seguravam o Mural do Orgulho, em que os familiares registraram palavras de apoio e indignação. (Foto: Pablo Jacob/O Globo)
 HISTÓRICO (desde abril! nada começou agora!)
Nada começou agora: os bombeiros do Estado do Rio de Janeiro realizam ações desde abril de 2011! Nada começou agora!

Conheça os principais passos do processo! Ajude a divulgar!

>> 14 de abril (quinta-feira) – Os trabalhadores encaminharam um documento com as reivindicações à Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro (Sesdec). O recebimento do documento foi protocolado pela Sesdec.

>> 17 de abril (domingo) – Caminhada pacífica e ordeira na orla de Copacabana, por bombeiros em trajes civis, desarmados e de folga. Enquanto se manifestavam foram fotografados por bombeiros do serviço reservado (B/2). Durante a manifestação, um avião fretado sobrevoou a orla carioca com a faixa: “BOMBEIROS PEDEM SOCORRO! POPULAÇÃO CARIOCA PRECISAMOS DE VOCÊS!”  Esse foi o segundo avião, já que o primeiro foi impedido de voar e a faixa foi confiscada por agentes do serviço reservado, no Aeroporto de Jacarepaguá. 


 
>> 19 de abril (terça-feira) – Militares que participaram do ato do dia 17 receberam memorandos para responderem se estiveram presentes ou não na manifestação de Copacabana. À noite, foi publicada no Boletim Interno da corporação a transferência de 36 bombeiros como retaliação.

>> 20 de abril (quarta-feira) – Ato pacífico no Largo do Machado e caminhada até o Palácio Guanabara, na intenção de serem recebidos pelo Sr. Governador. Não foram recebidos por nenhum representante do Governo. Encaminharam-se então à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), onde foram recebidos. Houve manifestações de apoio de parlamentares presentes. A mesa diretora da ALERJ agendou uma reunião entre a comissão de Bombeiros, o comando do CBMERJ e uma comissão de Deputados para o dia 28 de abril, 10h, no 1º GMar (Botafogo). Todo esse processo foi transmitido ao vivo pela TV Alerj.  

>> 21 de abril (quinta-feira) – Bombeiros tentaram o aquartelamento (permanecer em seus quartéis mesmo em folga, efetuando os serviços normalmente. O direito ao aquartelamento, inclusive com alimentação nos quartéis todos os dias, é direito dos militares). Os militares do 2º GMar (Barra), 3º GMar (Copabana) e 18º GBM (Cabo Frio) foram impedidos de entrar em seus quartéis de origem. Permaneceram em frente ao 2º GMar e 18º GBM, onde dormiram acampados. Os Bombeiros do 1º GMar e do 4º GMar não foram impedidos de se aquartelarem.


>> 22 de abril – Caminhada pacífica à noite do 3º GMar (Copacabana) ao 17º GBM (Leblon), onde acamparam. No 18º GBM (Cabo Frio), os Bombeiros fizeram uma caminhada. Nesse dia, novamente um avião fretado para levar a faixa de divulgação do movimento na orla do Rio foi impedido de voar.

>> 23 de abril – Caminhada pacífica de manhã do 17º GBM (Leblon) ao posto 12 da orla do Leblon. 

>> 25 de abril  Caminhada pacífica da Candelária ao Quartel Central do Corpo de Bombeiros, no Campo de Santana, onde um ato pacífico foi feito. Devido à tempestade, o acampamento previsto para a noite foi suspenso.  

>> 27 de abril à noite  Ato pacífico à noite na Cinelândia, em frente ao Theatro Municipal, onde o Sr. Governador Sergio Cabral participava de solenidade. Apesar do caráter totalmente pacífico da ação, o Batalhão de Choque da Polícia Militar foi chamado, munido de gás lacrimogênio, armas de efeito moral, escudos e cassetetes.

>> 28 de abril – Os bombeiros militares compareceram ao 1º GMAr, em Botafogo, acompanhados por deputados, para a reunião com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Pedro Marco Cruz Machado, agendada pelo presidente da mesa da Alerj em 20/04. O comandante não compareceu e não deu explicações a respeito de sua ausência. Os bombeiros dirigiram-se, então, à Alerj, onde foram recebidos. Recebidos nas galerias da Casa, ouviram os pronunciamentos de deputados estaduais que apoiaram o movimento. Transmissão ao vivo pela TV Alerj. Veja reportagem 

>> 3 de maio – O Sr. Governador Sergio Cabral informa, por meio do Sr. Deputado Andre Correa, que negociaria com os trabalhadores em reunião se os mesmos suspendessem a passeata prevista para o mesmo dia, partindo do Largo do Machado ao Palácio Guanabara onde novamente tentariam ser ouvidos, repetindo a tentativa do dia 20 de abril. Os trabalhadores, então, realizam apenas ato no Largo do Machado. Foi prometida reunião no dia seguinte com presença do Sr. Secretário de Estado de Governo Sr. Wilson Carlos.


>> 4 de maio – O Sr. Secretário de Estado de Governo Sr. Wilson Carlos não comparece à reunião agendada com representantes dos trabalhadores e deputados, conforme agendado no dia anterior. Os trabalhadores se dirigiram à Alerj, onde montaram acampamento até dia 12 de maio. 

>> 9 de maio – Passeata no Centro, percorrendo da Alerj até a Candelária e Av. Rio Branco. 

>> 11 de maio – Ato no cruzamento da Av. Presidente Vargas e Av. Rio Branco. 

>> 12 de maio – Ato em frente à Alerj e doação de sangue. 

>> 13 de maio – Mais de 1500 trabalhadores participam de caminhada da Alerj até Copacabana, onde fazem abraço simbólico à praia. Auditoria Militar expede pedidos de prisão ilegais contra cinco trabalhadores. 

>> 16 de maio – Ato em frente à Alerj, a partir das 8h, enquanto era realizada na Casa uma Sessão Legislativa na tentativa de conseguir ANISTIA para todas as punições empreendidas em retaliação aos trabalhadores. 

>> 3 de junho  – Ato em frente à Alerj, seguido de passeata até o Quartel Central, que foi ocupado pelos trabalhadores. INVASÃO VIOLENTA DO QUARTEL CENTRAL PELO BOPE E PRISÃO DOS 439 HERÓIS!!!

DECLARAÇÕES DE APOIO
Cartas abertas de apoio aos Bombeiros Militares do Estado do Rio de Janeiro.
 


Por Tico Santa Cruz, músico
E QUE DEUS NOS PROTEJA
Ver policiais militares em que ganham pouco mais de 800 reais em confronto com Bombeiros que lutam para ter um salário digno, compatível com sua importância dentro da sociedade enquanto homens de terno e gravata que recebem salários superiores a 16 mil reais e manipulam em prol de seus interesses políticos uma massa pouco crítica que assiste calada esta atrocidade é como assistir um circo dos horrores.
Então, as autoridades, que tem consciência PLENA de que “protestos pacíficos” não tem consequências reais nenhuma, em SUMA, não resolvem NADA, decidem taxar qualquer ato contundente de VANDALISMO. Conscientes do impacto moral que se infiltra numa sociedade passiva como a nossa, rapidamente eles subvertem a seu favor e com o apoio de setores da imprensa, que vale lembrar: PERTENCE A MUITOS DESSES MESMOS POLÍTICOS OU TEM INTERESSES PARTIDÁRIOS ENVOLVIDOS e plantam no cidadão de senso médio comum a idéia de que não é com atos Radicais que as coisas mudarão.
Não mesmo?
Como é que se muda então? Se no diálogo quase inexistente só se postergam as decisões, só adiam as conclusões e vão empurrando com a barriga toda e qualquer modificação estrutural que represente algo de fato importante para nossa população. Vamos continuar batendo papinho com essa gente que se elege para garantir seus altos salários, centenas de regalias e um comportamento corporativista que privilegia apenas os ganhos de quem colaborou com suas campanhas investindo dinheiro pesado em troca de apoio quando necessitam de alguns desses “favores” obscuros.
O dialogo de fato é o primeiro passo. Há que se ter paciência, negociar, tentar de todas as formas evitar Ações que possam causar danos ao “Patrimônio Público”, mas uma vez que todas as tentativas fracassaram, tem que se partir para o confronto direto sim. Partir para as invasões de instituições públicas, quartéis, Motins, evitar que o cidadão comum seja prejudicado com o fechamento de vias públicas, mas em último caso, todos nós temos uma parcela de responsabilidade com relação as decisões políticas que são tomadas então, em contra-partida, se não participamos ativamente percebendo que estes trabalhadores são de fundamental importância para o bom funcionamento dos serviços públicos dessa cidade, seremos atingidos de lambuja em engarrafamentos ou transtornos maiores.
Sinto muito lhes escrever isso amigos, mas não há mudanças sem confrontos. Não há transformações legítimas sem o uso eventual da força e isso fica bem claro para quem conhece um pouco da história das revoluções no mundo. Não me sinto com este texto fazendo apologia a violência, mas sim compreendendo que a Ação, nesse caso, dos Bombeiros cariocas é legítima e que se nós, sociedade, aceitarmos os desaforos do Governador e seus asseclas, calados então significa que nós concordamos com suas colocações e decisões. Acho sinceramente que ninguém aqui concorda com o fato de que um Bombeiro, ou um policial se enfrente para defender ORDENS de um grupo privilegiado pelo poder que joga uns contra os outros para defender seus próprios interesses.
Estamos falando de dignidade, de respeito, da valorização de profissionais de extrema importância, assim como os demais que são ignorados, ridicularizados e tratados sem o devido valor.
Vandalismo para mim é roubar dinheiro de merenda. É usar funcionários fantasmas, é desviar verbas públicas que deveriam ser investidas em infra-estrutura para o estado, melhoria nas escolas, hospitais. Vandalismo para mim é a conivência do judiciário com a impunidade que garante esses sangue sugas, lotados de processos por todos os tipos de crimes circulando livremente nas casas legislativas. Vandalismo a meu ver é receber altos salários, circular em carro blindado, ter seguranças particulares para defender a si mesmo e a sua família sendo pagos com o nosso dinheiro e não fazer absolutamente nada para mudar o quadro atual do lugar em que vivemos.
É muito confortável na situação de um prefeito ou de um Governador, taxar de vândalos, homens que estão lutando por aumentos de salários há tempos e que por fim, decidem demonstrar sua insatisfação com um ato de protesto LEGÍTIMO, e do alto de seus apartamentos, tranqüilos com vossas panças cheias de comida e com todas as garantias para seus filhos e suas famílias terem uma vida confortável incompatível com a da maioria do povo brasileiro.
O que fariam nossos queridos representantes se por ventura retirássemos boa parte de suas verbas excessivas e diminuíssemos os gastos altíssimos com vossos mandatos, transferindo parte desse dinheiro para melhorar as condições de trabalho de Professores, Policiais, Bombeiros, médicos?
Por que os senhores, VEREADORES, DEPUTADOS, SENADORES, GOVERNADORES, PREFEITOS, não abrem mão se seus altos salários e todos os privilégios que NÓS sustentamos e dividem os custos para que possamos oferecer melhores salários aos nossos trabalhadores?
Vandalismo é aumentar o próprio salário. Vandalismo é se trancar num gabinete com ar condicionado, uma secretária gostosa que vai dar uma mamadinha quando ninguém estiver lhes assistindo e falar no telefone negociando bravatas com empreiteiros, traficantes e todo tipo de vagabundo que se alimenta do nossos impostos, enquanto os serviços públicos estão em péssimas condições.
E nós? Sociedade, vamos apoiar os Bombeiros, ( que é o foco nesse momento )  ou vamos virar as costas, como se não tivéssemos nada a ver com isso, tendo em vista que não é dos nossos salários que estão tratando.
Lembrem-se disso quando precisarem de um resgate, de uma ajuda, de algum serviço que coloque a vida desses homens em risco para salvar nossas vidas.
Esse papo de que vai onerar os cofres públicos é BALELA, nós pagamos altos impostos, taxas, uma série de cobranças que colocam nosso país entre um dos que mais dão dinheiro para o governo. Se o ralo da corrupção não fosse tão amplo e tão resguardado pela impunidade, poderíamos ser uma Suíça.
Enfim.
Vândalo é quem aceita essa opressão calado.
Vamos para as ruas, vamos apoiar os bombeiros que foram detidos, vamos mostrar que nós nos preocupamos com o coletivo e por fim comprovar que com mobilizações coletivas de grande proporções, os verdadeiros vândalos acabam recuando, pois no fim, eles só querem seus votos.
PRA CIMA DELES BOMBEIROS DO RIO DE JANEIRO.
Resistam!!!!
FORÇA SEMPRE.

por Melissa de Miranda Natividade
Historicamente nossa sociedade garantiu vários direitos através de mobilização e luta. Na história brasileira essa afirmação é notória, todos os direitos conquistados pelos trabalhadores deste país foram às custas de muito suor e sangue, muita mobilização e luta, sempre sob mãos de ferro das elites que governam o Brasil "desde sempre". Nossos governantes respondem questões sociais com ação policial, e assim procedeu o governador Sergio Cabral. Em sua campanha eleitoral para o primeiro governo, fez diversas promessas de campanha em prol dos Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, assim, vários integrantes da tropa, cansados do descaso dos governantes, votaram em Sergio Cabral. Já desde o primeiro ano de governo deu sinais de que não cumpriria as promessas de campanha, infelizmente foi reeleito com mais de 70% dos votos baseado em uma política de segurança pública que, infelizmente, é sabido para os mais atentos, não logrará êxito por muito tempo (o que serão das "milagrosas" UPP´S após Copa do Mundo, Olimpíadas e afins?). O governo não vê com bons olhos a politização de seus servidores, não deseja uma tomada de consciência destes e uma união para luta. Irresponsável, Sr governador, é o senhor e seu governo; é o Congresso Nacional que não vota as leis necessárias para o conjunto da sociedade; é um ex-Comandante que se omitiu, e é até um governo federal que deu poder e dinheiro nas mões de um governador e de um prefeito que pouco importam-se com as questões sociais do Estado do Rio de Janeiro.
Como esposa de um bombeiro e amiga de diversos bombeiros estou indignada, para ser bem sucinta com relação aos meus sentimentos. Conclamo toda sociedade a lutar pela imediata soltura dos 439 bombeiros que estão presos e sem seus direitos básicos garantidos por nossa Constituição. A manifestação dos bombeiros do Estado do Rio de Janeiro significa muito mais do que quer admitir o Sr Sergio Cabral.
 

por SINTUPERJ
Todo apoio à greve dos bombeiros!

Basta de governo antipopular! Não ao desmonte do serviço público!

O SINTUPERJ vem a público manifestar sua mais profunda solidariedade aostrabalhadores do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, em greve por melhores salários e condições de trabalho. Também repudiamos a ação do Governo do Estado que, por meio de outros trabalhadores da Polícia Militar, invadiu o local de trabalho de seus colegas e os retirou à força, fazendo centenas, mais exatamente 439 bombeiros, de prisioneiros.
A greve é um instrumento legítimo dos trabalhadores e não pode ser covardemente reprimida, como aconteceu. Enquanto isso, milhares de pessoas são assaltadas, outras tantas mortas, corruptos estão sugando o erário público, bilhões já gastos com obras de fachada e o Governador aumenta o próprio salário. Essa é a verdadeira agressão! Quem merece estar na cadeia?
A atitude do Governo Estadual foi desonesta, autoritária e covarde, pois reprimiu uma manifestação pacífica, legítima e corajosa daqueles que defendem a população de nosso Estado e arriscam suas vidas para salvar outras. O uso da força policial contra trabalhadores é uma tirania injustificável em qualquer circunstância. O triste episódio do dia 04 de junho de 2011 faz lembrar os piores momentos da história política de nosso país, em que todos os que se manifestassem contrários à “ordem” estabelecida eram violentamente reprimidos, perseguidos, presos e silenciados.
Estamos voltando aos tempos sombrios da ditadura! Infelizmente os números de assassinatos no campo e na cidade, perseguições a sindicalistas e ameaças de morte até a parlamentares não deixam dúvida do momento em que estamos vivendo. Agora, todos podem constatar o que o movimento social sério e responsável já acusava há muito tempo - de que este era um governo impopular. Lembremos do cinismo do governador e do prefeito quando da campanha pelos royalties do petróleo, espalharam pela cidade a frase “contra a covardia, em defesa do Rio”.
A farsa do governador Sérgio Cabral chegou ao fim e sua máscara caiu de uma vez por todas. O sentimento de indignação tomou conta de nossos corações e consciências, o que deve nos fazer soltar a voz e gritar bem alto:
“BASTA DE GOVERNO ANTIPOPULAR, NÃO AO DESMONTE DO SERVIÇO PÚBLICO!”
O governador Sérgio Cabral precisa vir a público pedir desculpas pela sua truculência e atender às reivindicações dos bombeiros. O Sintuperj exige a imediata libertação dos presos políticos, membros de uma corporação centenária, reconhecida por toda a sociedade pelo relevante serviço que presta à defesa incondicional da vida humana. O Sintuperj exige respeito para com os trabalhadores, em especial os trabalhadorespúblicos, e convoca toda sociedade a repudiar, de forma organizada, a repressão ao movimento grevista.
Vamos mostrar que “não é o povo que tem que ter medo do governo, mas o governo deve temer seu povo”. Temos assembleia marcada para dia 09 de junho e deflagraremos paralisação, caso necessário, em solidariedade aos nossos companheiros bombeiros. É hora de unir as pessoas de luta contra as forças retrógradas que se encastelaram no Palácio Guanabara e sentem-se donos de tudo que é público. Todos às rua  pelo direito de greve, contra Cabral, Paes e sua corja!


Nota de apoio do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz (ASFOC-SN)

A diretoria da Asfoc-SN se solidariza ao movimento dos bombeiros do Rio de Janeiro e repudia veementemente a ação do governo do Estado, que mandou atacar e prender centenas de manifestantes no último sábado (04/06), no quartel general no Centro da cidade.

O Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz ressalta que esta não é a primeira vez que o atual governo reprime, de forma violenta, um movimento social legítimo. No início de março, a polícia do Rio prendeu, arbitrariamente, 13 pessoas que protestavam contra a presença do presidente norte-americano, Barack Obama, em frente ao consulado dos Estados Unidos. Na ocasião, os detidos foram enviados para os presídios de Bangu 8 e Água Santa.

É inaceitável que o governo do Rio se utilize de mecanismos típicos de estado de exceção para impor sua vontade e reprimir manifestações pacíficas. Infelizmente, essa prática de criminalização dos movimentos sociais vem sendo utilizada também em outros estados do país. A Asfoc apóia as reivindicações dos bombeiros, que querem melhores condições de trabalho e salários mais dignos, e se incorpora à luta pela imediata soltura de nossos companheiros.

Por Jorge Luiz

TROPA DE ELITE III - ENFIM UMA OPERAÇÃO BEM SUCEDIDA



         Sou morador do Centro da Cidade do Rio de Janeiro, e neste último fim de semana testemunhei algo inusitado, emblemático, dentro da realidade do absurdo que assola nosso país.

         Em operação bem sucedida o BOPE transformou um pacato bairro em praça de guerra, com a intervenção no Quartel Central do Corpo de Bombeiros, finalizando com a prisão de 439 perigosos vândalosque, com seus familiares atentavam perigosamente contra nossa protegida sociedade de contribuintes satisfeitos.

         A audácia dos que laboram salvando vidas foi bravamente estancada pela elite da Polícia Militar. Pena que não tenham sido tão eficazes no Complexo do Alemão, onde traficantes homicidas fugiram tranqüilamente, com cobertura ao vivo de uma emissora de televisão, em operação pirotécnica em que apenas alguns viciados foram detidos.

           Talvez os meliantes do complexo do Alemão não representassem assim tanto perigo. Esses vândalos travestidos de bombeiros ousaram reivindicar um quinhão maior dos impostos que pagamos já previamente rateados aos consultores oficiais; aos escritórios de advocacia que tratam das concessionárias de serviços públicos; aos salários de políticos palhaços e de políticos que nos fazem de palhaços, entre outros.

         Quem se importa com a carência da família desses bárbaros? Eles que arranjem um bico em segurança privada, ou em milícias. O Estado já está fazendo muito com sua política salarial de correção em 48 meses, proporcionando algo em torno de R$ 10,00 a R$ 20,00 a mais ao mês, para esses elementos perigosos que ousam salvar vidas, superlotando nossos bem equipados hospitais públicos. Que ousadia!

         Se quiserem se manifestar que procurem as passeatas dos grupos evangélicos autorizadas pelo poder público, e peçam a Deus pelo milagre da multiplicação do pão para alimentar seus familiares.

Procurem também as passeatas arco-íris onde por autorização do gestor estadual os militares estão habilitados a participarem fardados e utilizarem viaturas oficiais nesses eventos.

         Mas tudo é muito trabalhoso e perigoso. Uma sugestão de menor trauma seria o pedido de demissão coletiva. Senhores bombeiros levem seus familiares para uma coletividade agraciada pelas UPPs e automaticamente terão os benefícios municipais, estaduais e federais do programa bolsa família, casa própria, segurança pública oficial, e outros melhoramentos indisponíveis aos servidores públicos estaduais.

         E, de uma vez por todas parem de atrapalhar as viagens à França do gestor do nosso Estado. Levem suas famílias para Praça Paris, e de maneira ordeira e passiva orem para que DEUS apague a chama de minha indignação contra esse povo que não sabe votar.

Carta aberta dos estudantes de direito reunidos no
XXVIII Encontro Regional dos Estudantes de Direito
do Rio de Janeiro

Nós, estudantes de Direito reunidos no XXVIII ERED-RJ nos
manifestamos por meio desta, em respeito e homenagem ao Estado
Democrático de Direito e aos princípios orientadores da Carta Magna de
1988, expressamos nosso apoio à luta do admirável grupo de bombeiros de
nosso estado.
Os bombeiros do Rio de Janeiro vêm se manifestando há dois meses
democraticamente reivindicando merecidas melhorias salariais e de
condições de trabalho. É de conhecimento de toda a sociedade, porém, que
estes pleitos têm sido negligenciados e, mais que isso, os manifestantes
severamente reprimidos.
Em virtude dos eventos ocorridos durante a madrugada de 4 de junho
de 2011 (sábado), os bombeiros, durante uma manifestação pacífica junto
às suas famílias em seu Quartel General, foram brutalmente reprimidos
pela tropa de choque da polícia, pela cavalaria montada da mesma e
surpreendidos durante uma negociação pela abusiva e sempre agressiva
atuação de uma unidade de invasão do Batalhão de Operações Especiais da
PM-RJ (BOPE-RJ), unidade notória pela sua atuação implacável e hostil
com base em táticas de GUERRA. Sendo, com a conclusão do evento,
decretada voz de prisão, arbitrariamente, pelo próprio Governador a mais
de 400 bombeiros. Pelo o que parece, o BOPE se tornou tanto o braço
direito quanto o esquerdo da vontade de nossos supostos representantes.
Acreditamos que esta postura do governo do estado, notadamente do
Comandante-em-chefe da Corporação – o governador Sérgio Cabral – que
trata os envolvidos, ou seja, os bombeiros que trabalham arduamente em
prol da sociedade, como “vândalos” e criminosos é atroz e em desacordo
com o respeito à dignidade destes valorosos servidores e sua digna luta,
ignorando seus direitos fundamentais e sufocando seu direito de resistência,
afinal, simplesmente por ser parte do Corpo militar das Forças Armadas do
Estado perdem sua qualidade de seres humanos, cidadãos, trabalhadores,
pais, maridos, filhos? E ainda por cima, tudo isso com base num Código
Penal Militar no mínimo deficiente, criado em 1969, uma sombra da
Ditadura Militar, que nos leva de volta aos tempos de opressão e censura,
estando em total dissonância com a atual Constituição de 88! Seria esse o
tipo de lei que o Direito e a Justiça devem usar para promover e proteger os
interesses da sociedade, uma LEI DA DITADURA?

Consideramos essa atitude muito mais que uma afronta à
democracia, à liberdade de expressão, manifestação e de luta pelos direitos
dos trabalhadores, um verdadeiro ataque do governo contra os anônimos
heróis do dia-a-dia, que arriscam suas próprias vidas em troca de um salário
miserável.
Nós como estudantes de Direito e cidadãos preocupados nos
questionamos, é essa a realidade social que queremos criar para o nosso
futuro? Aceitar um Estado Penal, de Polícia, onde o Estado ataca seu
próprio Corpo com poder de fogo por discordar de seu ponto de vista
ou por exercer seu direito de querer uma qualidade de vida melhor?
Estamos criando um estado que por um lado traz as Unidades de Polícia
Pacificadora, prega a justiça e a paz, mas quando confrontado, abandona
toda a argumentação e usa do seu poderio militar contra sua própria
corporação que serve ao povo? Contra a própria sociedade que deveria
proteger e desenvolver?
Por tudo isso, a CORED-RJ, – Coordenação Regional dos Estudantes
de Direito – representando os alunos do Estado do Rio de Janeiro reunidos
no presente Encontro não pode manter-se silente diante de tais atrocidades,
repudiando veementemente a conduta do governo estadual, principalmente
a do governador e reivindicando desde já a imediata soltura dos bombeiros
arbitrariamente presos.

        

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