quarta-feira, 6 de abril de 2011

TEXTOS PARA REFLEXÃO

 
As Abelhas e o Refrigerante
Jorge Linhaça

Existem certas cenas que se repetem em nossas vidas, como que a nos instigar a perceber o porquê dessa insistência.
Anos atrás fotografei as abelhas sobre a lata de um refrigerante que eu tomava, pensando escrever sobre isso e, simplesmente, esqueci.
Hoje, ao tomar outro refrigerante, a cena repetiu-se, não tinha uma câmera para fotografar, por isso valho-me da foto antiga para ilustrar esta minha reflexão.

Meu primeiro impulso foi sentir-me um tanto quanto feliz por que a abelha, afinal, usufruía dos restos do refrigerante e sorvia-o tal qual faria com o néctar das flores...ops...aí me dei conta de algo assustador:

As abelhas ( por certo não apenas aquela ) tem sido atraídas pela facilidade de encontrar alimento e matéria prima em maior abundância do que aquele contido nas flores.
Oras, para cada "lambida" que uma abelha dá num restinho de refrigerante, garapa ou suco, quantas flores deixam de ser visitadas e consequentemente polinizadas por esses insetos?

Lembrei-me de que, em Santa Catarina está havendo um misterioso "sumiço" das abelhas das colmeias dos apicultores.
Não sei se existe alguma relação com a ação de "minhas abelhas" da lata de refrigerante, mas talvez elas tenham cansado de viver em uma casa de madeira e voar de flor em flor e tenham encontrado alguma "terra da fartura" das abelhas com "rios, lagos e mares" de refrigerantes , sucos, etc.

O prejuízo vai muito ale´m da perda de produção do mel e outros produtos da apicultura, a não polinização das árvores frutíferas acarreta em perda produção também de frutas.

Também é verdade que a qualidade do mel produzido por essas abelhas "urbanas" é comprometida pelo material coletado por elas, podemos imaginar que em algum momento estejamos tomando mel de refrigerante ao invés de, por exemplo, mel de flor de laranjeira.

Após pensar nas abelhas e nas consequencias desse "alimento fácil " voltei meus pensamentos para a comparação com os seres humanos, principalmente nossos jovens.
Com as facilidades da vida moderna, com os apelos comerciais, a grande maioria de nossos jovens não tem a menor idéia de onde vem os alimentos, talvez alguns até pensem que eles são produzidos nos supermercados...sei lá.
Não sei se hoje , um número significativo de moças e rapazes, sabem cozinhar, costurar, bordar, tricotar, crochetar ou fazer pequenos reparos de hidráulica, elétrica, marcenaria, alvenaria...

Tudo hoje é fácil demais, tudo pode ser comprado, até mesmo sem se sair de casa, é mais fácil pagar para ter do que aprender a fazer, até porque muitos pais não tem tempo de ensinar e talvez nem mesmo eles saibam lidar com ferramentas ou utensílios de cozinha.
As Festas de aniversário cada vez mais se deslocam para as redes de Fast Food o que, perdoem-me os mais consumistas, retira muito da "magia" do aconchego e dos preparativos para uma festa familiar e com os amigos e colegas.
Claro...fazer a festa em um lugar reservado evita muito trabalho...não tem que se fazer compras, preparar alimentos, a casa não fica de ponta cabeça etc...

Mas afinal, isso não é o que realmente faz parte? Esse "tumulto controlado" que os envolvidos vivem nesse dia de festa?
Aquela turma que fica até o final e ajuda com as vassoura e na eliminação "do mais grosso" da bagunça...
Sei lá...talvez eu seja um pouco saudosista...mas acho que no fim isso faz falta.
Para grande parte de nossa juventude, festa, comemoração, balada, são sinônimos de ingestão de drogas ( lícitas para a maioria e ilícitas para outra parcela nem tão pequena assim).

Falo dos jovens, mas poderia falar de qualquer um de nós...
Quantas vezes não agimos como as abelhas urbanas, optando pelo mais fácil ? Quantas vezes não nos deixamos iludir pelas paixões por estas exigirem menos esforço que o amor ?
Quantas vezes nos deixamos levar pelo sentimento de que a solidão é menos perigosa do que os relacionamentos e nos acostumamos a ser eremitas de nossas almas.

Não falo da solidão de quem se isola no deserto ou montanha, literalmente, mas dessa solidão com a qual compactuamos a cada dia. Essa solidão que nos acomete mesmo quando estamos em grupo. Esse sentimento de cada um por si e Deus por todos.

Nos tempos modernos cada qual cria o seu próprio mundo, como se fora um "pequeno príncipe". A diferença é que, viajamos para fora de nossos asteróides e nos tornamos, por alguns momentos despersonalizados, passamos a repetir o comportamento da maioria...levamos ao pé da letra o " Em Roma como os romanos" e dito assim até parece a frase de um leão no coliseu..."como os romanos"...Mas, trocadilhos à parte, a nossa solidão vem em parte dessa "necessidade" de andar uniformemente , politicamente correto , engolir as nossas próprias idéias em prol de uma "boa convivência"

Somos abelhas tomando refrigerante, esquecendo como fecundar as flores, vamos criando um mundo de idéias assépticas, uniformes, ditadas em grande parte pela mídia em todas as suas formas.

Faltam jardins e nossas vidas e, no entanto, reclamamos da falta de borboletas...cimentamos nossos canteiros de idéias e ideais, depois reclamamos que o mundo é muito estranho.
Esse mundo "estranho" é o que permitimos que se construa à nossa volta a cada calar de voz, a cada idéias natimorta pela nossa falta de coragem em externá-la, a cada passo em direção à uniformidade, ao mais um no meio da multidão.

Se nosso mundo e o de nossos descendentes vai ter ou não jardins, se as borboletas e abelhas voltarão um dia, depende das pequenas escolhas que fazemos hoje e do que ensinamos às novas gerações que nos sucederão.

Ninguém é tão pequeno que não faça diferença em muitas vidas, depende apenas de ter as atitudes corretas para que essa diferença seja para o bem.

A escolha é de cada um de nós...ou nos alimentamos das flores ou nos contentamos com os restos de refrigerantes...


Arandú, 15 de abril de 2011
11:56

Contatos com o autor:


A ESCOLA DE VIDRO de Ruth Rocha.

Naquele tempo eu até que achava natural que as coisas fossem daquele jeito. Eu nem desconfiava que existissem lugares muito diferentes...
Eu ia pra escola todos os dias de manhã e quando chegava, logo, logo, eu tinha que me meter no vidro. É no vidro! Cada menino ou menina tinha um vidro e o vidro não dependia do tamanho de cada um, não! O vidro dependia da classe em que a gente estudava. Se você estava no primeiro ano ganhava um vidro de um tamanho. Se você fosse do segundo ano seu vidro era um pouquinho maior. E assim, os vidros iam crescendo à medida em que você ia passando de ano. Se não passasse de ano era um horror. Você tinha que usar o mesmo vidro do ano passado. Coubesse ou não coubesse. Aliás, nunca ninguém se preocupou em saber se a gente cabia nos vidros. E pra falar a verdade, ninguém cabia direito. Uns eram muito gordos, outros eram muito grandes, uns eram pequenos e ficavam afundados nos vidros, nem assim era confortável. Os muito altos, de repente se esticavam e as tampas dos vidros saltavam longe, às vezes até batiam no professor. Ele ficava louco da vida e atarraxava a tampa com força, que era pra não sair mais. A gente não escutava direito o que os professores diziam, professores não entendiam o que a gente falava... As meninas ganhavam uns vidros menores que os dos meninos. Ninguém queria saber se elas estavam crescendo depressa, se não cabiam nos vidros, se respirava direito. A gente podia respirar direito na hora do recreio ou na aula de educação física. Mas aí a gente já estava desesperado de tanto ficar preso e começava a correr, a gritar, a bater uns nos outros. As meninas coitadas, nem tiravam os vidros no recreio. E na aula de educação física elas ficavam atrapalhadas, não estavam acostumadas a ficarem livres, não tinham jeito nenhum para a educação física. Dizem, nem sei se é verdade, que muitas meninas usavam vidros até em casa. E alguns meninos também. Estes eram os mais tristes de todos. Nunca sabiam inventar brincadeiras, não davam risada à toa, uma tristeza! Se a gente reclamava? Alguns reclamavam. E então os grandes diziam que sempre tinha sido assim; ia ser assim o resto da vida. Uma professora, que eu tinha dizia que ela sempre tinha usado vidro, até para dormir, por isso é que ela tinha boa postura. Uma vez um colega meu disse pra professora que existe lugares onde as escolas não usam vidro nenhum e as crianças crescem à vontade. Então a professora respondeu que era mentira, que isso era conversa de comunista. Ou até coisa pior.
Tinha um menino que tinha que sair da escola porque não havia jeito de se acomodar nos vidros. E tinha uns que mesmo quando saiam dos vidros, ficavam do mesmo jeitinho, meio encolhidos, como se estivessem tão acostumados que até estranhavam sair dos vidros. Mas uma vez, veio para a minha escola um menino que parece que era favelado, carente, essas coisas que as pessoas dizem pra não dizer que é pobre. Aí não tinha vidro pra botar esse menino. Então os professores acharam que não fazia mal, não, já que ele não pagava a escola mesmo... Então o Firuli, ele se chamava Firuli, começou a assistir as aulas sem estar dentro do vidro. O engraçado é que Firuli desenhava melhor que qualquer um, o Firuli respondia as perguntas mais depressa que os outros, o Firuli era muito mais engraçado... e os professores não gostavam nada disso... afinal, o Firuli podia ser um mal exemplo para nós... E nós morríamos de inveja dele que ficava no bem-bom, de perna esticada, quando queria ele se espreguiçava e até meio que gozava da cara da gente que vivia preso. Então um dia um menino da minha classe falou que também não ia entrar no vidro. Dona Demência ficou furiosa, deu um coque nele e ele acabou tendo que se meter no vidro como qualquer um. Mas no dia seguinte duas meninas resolveram que não iam entrar no vidro também: - Se o Firuli pode porque é que nós não podemos? Mas dona Demência não era sopa. Deu um coque em cada uma delas e lá se foram elas, cada uma pro seu vidro... Já no outro dia a coisa tinha engrossado. Já tinha oito meninos que não queriam saber de entrar nos vidros. Dona Demência perdeu a paciência e mandou chamar seu Hermenegildo que era o diretor lá da escola. Seu Hermenegildo chegou muito desconfiado: - Aposto que essa rebelião foi fomentada pelo Firuli. É um perigo esse tipo de gente aqui na escola. Um perigo! A gente não sabia o que queria dizer fomentada, mas entendeu muito bem que ele estava falando mal do Firuli. E seu Hermenegildo não conversou mais. Começou a pegar os meninos um por um e enfiar dentro do vidro. Mas nós estávamos loucos pra sair também e pra cada um que ele conseguia enfiar no vidro já tinha dois fora. E todo mudo começou a correr do seu Hermenegildo, que era pra ele não pegar a gente e na correria começamos a derrubar os vidros. E quebramos um vidro, depois quebramos outro e outro mais e Dona Demência já estava na janela gritando: SOCORRO! VÂNDALOS! BÁRBAROS! Pra ela bárbaro era xingação. Chamem os Bombeiros, o Exército de Salvação, a Polícia Feminina... Os professores das outras classes mandaram, cada um, um aluno para ver o que estava acontecendo. E quando os alunos voltaram e contaram a farra que estava na 6ª série todo mundo ficou assanhado e começou a sair do vidro. Na pressa de sair começaram a esbarrar uns nos outros e os vidros começaram a cair e quebrar. Foi um custo botar ordem na escola e o diretor achou melhor mandar todo mundo pra casa, que era pra pensar num castigo bem grande, pro dia seguinte. Então eles descobriram que a maior parte dos vidros estava quebrada e que ia ficar muito caro comprar aquela vidraria toda de novo. Então diante disso seu Hermenegildo pensou um bocadinho e começou a contar pra todo mundo que em outros lugares tinha umas escolas que não usavam vidro nem nada. E que dava bem certo, as crianças gostavam bem mais. E que de agora em diante ia ser assim: nada de vidro, cada um podia se esticar um bocadinho, não precisava ficar duro nem nada e que a escola agora ia se chamar Escola Experimental. Dona Demência que apesar do nome não era louca nem nada, ainda disse timidamente: - Mas seu Hermenegildo, Escola Experimental não é bem isso... seu Hermenegildo não se perturbou: - Não tem importância, a gente começa experimentando isso, depois a gente experimenta outras coisas... Foi assim que na minha terra começaram muitas coisas que um dia ainda vou contar.
(Ruth Rocha, 1986)

Ensino da letra cursiva para crianças em alfabetização divide a opinião de educador
HÉLIO SCHWARTSMAN

Deve-se ou não exigir que as crianças escrevam com letra cursiva? A questão, que divide educadores e semeia insegurança entre pais, está --ao lado da pergunta sobre o ensino da tabuada-- entre as mais ouvidas pela consultora em educação e pesquisadora em neurociência Elvira Souza Lima. A resposta, porém, não é trivial.
Quatro ou cinco décadas atrás, a dúvida seria inconcebível. Escrever à mão era só em cursiva e, para garantir que a letra fosse legível, os alunos eram obrigados desde cedo a passar horas e horas debruçados sobre os cadernos de caligrafia.
A profesora Silvana D'Ambrosio, do colégio Sion, na cidade de São Paulo, ajuda o aluno Mateus Yoona fazer letra cursiva
Veio, contudo, a pedagogia moderna, em grande parte inspirada no construtivismo de Piaget, e as coisas começaram a mudar. O que importava era que o aluno descobrisse por si próprio os caminhos para a alfabetização e a escrita proficiente. Primeiro os professores deixaram de cobrar aquele desenho perfeito. Alguns até toleravam que o aluno levantasse o lápis no meio do traçado. Depois os cadernos de caligrafia foram caindo em desuso até quase desaparecer.
O segundo golpe contra a cursiva veio na forma de tecnologia. A disseminação dos computadores contribuiu para que a letra de imprensa, já preponderante, avançasse ainda mais. Manuscrever foi-se tornando um ato cada vez mais raro.
No que parece ser o mais perto de um consenso a que é possível chegar, hoje a maior parte das escolas do Brasil inicia o processo de alfabetização usando apenas a letra de forma, também chamada de bastão.
Tal preferência, como explica Magda Soares, professora emérita da Faculdade de Educação da UFMG, tem razões de desenvolvimento cognitivo, linguístico: "No momento em que a criança está descobrindo as letras e suas correspondências com fonemas, é importante que cada letra mantenha sua individualidade, o que não acontece com a escrita "emendada' que é a cursiva; daí o uso exclusivo da letra de imprensa, cujos traços são mais fáceis para a criança grafar, na fase em que ainda está desenvolvendo suas habilidades motoras".
O que os críticos da cursiva se perguntam é: se essa tipologia é cada vez menos usada e exige um boa dose de esforço para ser assimilada, por que perder tempo com ela? Por que não ensinar as crianças apenas a reconhecê-la e deixar que escrevam como preferirem? Essa é a posição do linguista Carlos Alberto Faraco, da Universidade Federal do Paraná, para quem a cursiva se mantém "por pura tradição". "E você sabe que a escola é cheia de mil regras sem qualquer sentido", acrescenta.
A pedagoga Juliana Storino, que coordena um bem-sucedido programa de alfabetização em Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, é ainda mais radical: "Acho que ela [a cursiva] é uma das responsáveis pelo analfabetismo em nosso país. As crianças além de decodificar o código da língua escrita (relação fonema/ grafema) têm também de desenvolver habilidades motoras específicas para "bordar' as letras. O tempo perdido tanto pelo aluno, como pelo professor com essa prática, aliada ao cansaço muscular, desmotivam o aluno a aprender a ler e muitas vezes emperram o processo".
Esse diagnóstico, entretanto, está longe de unânime. O educador João Batista Oliveira, especialista em alfabetização, diz que a prática da caligrafia é importante para tornar a escrita mais fluente, o que é essencial para o aluno escrever "em tempo real" e, assim, acompanhar a escola. E por que letra cursiva? "Jabuti não sobe em árvore: é a forma que a humanidade encontrou, ao longo do tempo, de aperfeiçoar essa arte", diz.
Magda Soares acrescenta que a demanda pela cursiva frequentemente parte das próprias crianças, que se mostram ansiosas para começar a escrever com esse tipo de letra. "Penso que isso se deve ao fato de que veem os adultos escrevendo com letra cursiva, nos usos quotidianos, e não com letras de imprensa".
Para Elvira Souza Lima, que prefere não tomar partido na controvérsia, "os processos de desenvolvimento na infância criam a possibilidade da escrita cursiva". A pesquisadora explica que crianças desenhando formas geométricas, curvas e ângulos são um sério candidato a universal humano. Recrutar essa predisposição inata para ensinar a cursiva não constitui, na maioria dos casos, um problema. Trata-se antes de uma opção pedagógica e cultural.
Souza Lima, entretanto, lança dois alertas. O tempo dedicado a tarefas complementares como a cópia de textos e exercícios de caligrafia não deve exceder 15% da carga horária. No Brasil, frequentemente, elas ocupam bem mais do que isso.
Ainda mais importante, não se deve antecipar o processo de ensino da escrita. Se se exigir da criança que comece a escrever antes de ela ter a maturidade cognitiva e motora necessárias (que costumam surgir em torno dos sete anos) o resultado tende a ser frustração, o que pode comprometer o sucesso escolar no futuro.
O que a ciência tem a dizer sobre isso? Embora o processo de alfabetização venha recebendo grande atenção da neurociência, estudos sobre a escrita são bem mais raros, de modo que não há evidências suficientes seja para decretar a morte da cursiva, seja para clamar por sua sobrevida.
Há neurocientistas, como o canadense Norman Doidge, que sustentam que a escrita cursiva, por exigir maior esforço de integração entre áreas simbólicas e motoras do cérebro, é mais eficiente do que a letra de forma para ajudar a criança a adquirir fluência.
Outra corrente de pesquisadores, entretanto, afirma que, se a cursiva desaparecer, as habilidades cognitivas específicas serão substituídas por novas, sem maiores traumas.

O amor é tudo de bom!

O amor destranca as portas. Destranca tudo: janelas, vitrôs, portões, porteiras...o coração, a vida! O amor é tudo de bom!
Mas para que isso aconteça só você pode fazer a sua parte, né?
Destrancar algo que só abre por dentro e que só você tem o segredo!
“ É preciso saber viver” , diz a música que se transformou em hino.
Seja mais receptivo, viu? Deixe seu coração sempre aberto, sempre escancarado para o amor! Mesmo sabendo que você possa bater a cara! Você não faz o  tipo de quem não acredita no amor! E mesmo que você esteja se sentindo um pouco derrotado e sem valor hoje , siga em frente! “ É preciso amor para poder pulsar”, viu?
Quer saber de uma verdade? Onde existe amor não há lugar para crítica! E nem condenação, nem julgamento! Nem perca mais tempo com isso! Não compensa! O amor sim, compensa tudo!
Tente enxergar as pessoas além das aparências, viu? Lembra daquela máxima: “ quem ama o feio , bonito lhe parece” ? Tão antiga e tão atual, né? O que é feio para você? E o que é bonito?
Contemplar o que é belo é ver além um pouco mais adiante!
Contemple o que você sabe o que é belo, nobre e bom!
Você está aqui vivendo um momento lindo na sua vida, sabia?
Observe quantas emoções boas e bonitas tem vivido. Assim, continue otimista, vibrante, amoroso, aberto, alegre, confiante...
Não deixe mais a vida passar em branco. Chore, sorria...permita sentir todas as sensações que você tem direito! “ O importante é que as emoções eu vivi” diz acertadamente a música de Roberto Carlos .
Conquiste a sua paz interior. Você merece e sabe como! E nem perca mais tempo tentando mudar os outros, viu? Só tem uma pessoa no mundo que você pode mudar e sabe quem, né? Você!
Só você e mais ninguém!
Estamos nesse mundo de passagem, viu ? E para aprender a viver!
Portanto, simplesmente aprenda a ser! Só isso; aproveite a viagem, a jornada e cuide-se bem dando um sentido novo e colorido pra você mesmo! Viva o amor! Viva para amar!
“Dizem que há mundos lá fora, que nem em sonho eu vi.Mas que importa todo o mundo, se o mundo todo é aqui e agora?”

Pratique a paz na escola, em casa e em qualquer lugar
Várias dicas de como praticar a paz e vivermos em um mundo melhor.

PRATIQUE A PAZ
A Cultura da Paz se faz nas pequenas ações do cotidiano: no nosso jeito de nos comunicar com os outros, na nossa forma de lidar com conflitos e sentimentos como frustração e raiva, na nossa capacidade de reconhecer e valorizar as diferenças e de sermos tolerantes.
Cada um de nós pode ser um construtor da Paz. Cada um de nós pode influenciar com sua maneira de agir o grupo de pessoas que nos cercam a serem construtoras da Paz.
A vida exige de nós muitas ESCOLHAS. Você pode incluir, entre suas escolhas fundamentais, ser um Construtor da Paz. Ao fazer esta opção, você estará dando a sua vida e a seus relacionamentos mais qualidade e estará construindo uma sociedade mais saudável, em que os valores de não-violência predominem. Nossa mudança interior e a responsabilidade de cada um de nós por essa mudança é o caminho para uma Cultura de Paz verdadeira e duradoura.
Veja nas páginas seguintes as sugestões e dicas que preparamos para que você se junte a nós e aprimore a sua capacidade de ser pacífico.
É simples mas não é fácil. A Cultura da Paz é um trabalho para a vida toda.
Boa leitura!

RESPEITE AS REGRAS PARA CONVIVER BEM EM GRUPO
Você já imaginou como seria a vida em uma cidade sem regras? Pois é... para conseguirmos viver em grupo e em sociedade, precisamos de algumas regras que garantam o bem–estar individual e coletivo. Elas são referências para sabermos como agir nos diferentes contextos: família, escola, trabalho, trânsito, igreja, entre outros. Para que sejam valorizadas e respeitadas, é muito importante que sejam construídas de forma coletiva e democrática e, é claro, praticadas no dia-a-dia.
Quais são as regras que você considera mais importantes na sua casa? No seu trabalho? Na sua escola? Entre seus amigos e colegas? Na sua comunidade? Elas têm sido respeitadas por você e pelos demais?
SEJA RESPONSÁVEL PELAS SUAS ATITUDES
Nossas ações às vezes têm conseqüências indesejadas. Quem já não deu um esbarrão em alguém por estar distraído ou apressado? Quem já não disse coisas para um amigo que o deixaram mal e chateado? Muitas vezes agimos sem pensar nas possíveis conseqüências dos nossos atos. Aí aparece aquela vontade de se justificar e “tirar o corpo fora”. Muitos conflitos e agressões surgem de situações em que jogamos a culpa no outro. Que tal experimentar reconhecer com mais freqüência a nossa parcela de responsabilidade nas situações do cotidiano?

NÃO SEJA OMISSO
Chegou a hora de recordarmos o significado da palavra omissão. Para isto, que tal buscarmos alguns exemplos? (Lembre-se: Deixar passar a chance de ajudar alguém e não denunciar uma violência são formas de omissão).
Responda:
• Estudar ou trabalhar em um local sujo e não fazer nada em relação a isso. É ser omisso?
• Estar passando em frente a uma quadra de esportes e uma bola ser arremessada por cima do muro em sua direção. Arremessá-la de volta à quadra é ser omisso?
• Estar no terminal de ônibus, ver alguém precisando de uma informação e não oferecer ajuda. É ser omisso?
Coloque em prática uma ação contrária à omissão. Vale a pena tentar! Lembre-se que sua atitude sempre estará servindo de exemplo!

“ATAQUE” O PROBLEMA E NÃO AS PESSOAS
Imagine que você não fez algo que havia combinado com um amigo. Este amigo diz para você: “- Mas, também, eu não podia esperar outra coisa... você é uma porta de burro!”. Agora imagine o mesmo amigo falando de uma forma diferente: “- Se você não tinha entendido o que era para você fazer, por que não me perguntou?” Como você se sentiria em cada uma dessas duas situações? Qual é a diferença entre esses dois jeitos de falar? Quando criticamos as pessoas, agravamos os conflitos. Por outro lado, quando tratamos do problema sem “atacar” as pessoas, mantemos as portas da comunicação abertas e podemos encontrar soluções juntos.
CONVERSE PARA RESOLVER
Muitas vezes, quando estamos tendo um problema ou um conflito com uma pessoa, evitamos encontrar ou falar com ela para que a situação não se agrave. E isso resolve? NÃO! E pior: às vezes contribui para que o problema aumente, porque cada um fica no seu canto, pensando sobre o que o outro está pensando. Buscar restabelecer a comunicação e o diálogo é fundamental para que cada um possa dizer para o outro como vê o problema e tentar entender o ponto de vista do outro sobre a situação. Dessa forma, não é mais um contra o outro, mas os dois juntos, buscando possíveis soluções para o problema.
COMUNIQUE-SE DE FORMA CLARA
Lembre-se de discussões e bate-bocas que você já teve com amigos e pessoas da sua família. Que coisas contribuíram para que a discussão se agravasse? Cada um de vocês estava falando exatamente da mesma coisa? Cada um ficava tentando interpretar o que o outro queria dizer? Cada um estava mais preocupado em falar do que em entender o que os outros estavam falando? Estas são apenas algumas das coisas que atrapalham a nossa comunicação. Por esses e outros motivos, é importante que façamos o exercício de confirmar se aquilo que estamos entendendo é realmente aquilo que as pessoas querem nos dizer. Para tanto, podemos fazer perguntas e/ou repetir o que entendemos. Comunicar-se não significa apenas preocupar-se em falar, mas também verificar como aquilo que falamos foi compreendido e buscar corrigir os mal-entendidos que podem ter surgido no meio do caminho.
OUÇA COM ATENÇÃO
Quando estamos conversando, temos muita vontade de dizer o que pensamos e expressar nosso ponto de vista. Isso fica ainda mais “tentador” quando as pessoas com quem estamos conversando têm idéias diferentes das nossas. Nossa! Mal podemos esperar a hora de falar e, ao invés de ouvir o que o outro está falando, já estamos pensando no que vamos dizer em seguida. Que tal “desacelerar” e experimentar realmente ouvir o ponto de vista do outro, procurando entender o que ele quer dizer? Ouvir não significa ter que abrir mão de nossa própria opinião. Ouvir significa que podemos ser mais flexíveis e ver uma situação de um ponto de vista diferente do nosso.
<strong>CONVERSE AO INVÉS DE ACUSAR
Imagine que um amigo seu o deixou na mão. Que coisas a gente tende a dizer nesse tipo de situação? "Pô cara, você não tá nem aí com os outros, não é? Só se preocupa com você mesmo. Você vai ver só...". Quando não gostamos de algo que alguém fez conosco, nossa tendência é acusar, agredir, atacar. Que reação você acha que a outra pessoa vai ter? Provavelmente ela vai se sentir pressionada e acuada e vai tentar contra-atacar para se defender. Uma forma alternativa e mais positiva para lidar com esse tipo de situação é deixar a raiva passar um pouco e depois ir conversar com a pessoa, falar de como nos sentimos, de como a situação nos afetou e de como gostaríamos que a pessoa agisse da próxima vez. Você já experimentou fazer isso?
EVITE DAR SERMÕES
Quem gosta de ouvir um sermão quando chega tarde em casa? Quem gosta de ouvir pela milésima vez que deve ter mais responsabilidade? Quem gosta de ser repreendido por ter esquecido um compromisso? Como é que você tende a reagir quando alguém lhe dá um sermão? Se você também não gosta, evite fazer discurso sobre a falha dos outros. A reação de quem está se sentindo acusado é defender-se – não é reconhecer a falha. Que tal experimentar falar de como você se sentiu ao passar pela situação, do que gostaria que fosse diferente e ouvir o outro, ao invés de dar sermão? Essa atitude ajuda a outra pessoa a ficar menos na defensiva, a entender os seus sentimentos e a refletir sobre a situação.
ESTEJA ATENTO AO SEU JEITO DE FALAR
Quando falamos com as pessoas, muitas vezes não nos preocupamos muito com o nosso jeito de falar: xingamos, gritamos, somos irônicos, desrespeitamos, desmoralizamos. Outras vezes, nos preocupamos com as palavras que usamos, mas não percebemos coisas importantes no nosso jeito de falar: fazemos "caras e bocas" porque não gostamos da pessoa ou do que ela está nos dizendo, ou prestamos atenção em tudo o que acontece ao nosso redor menos no que a pessoa está nos dizendo, ou somos agressivos e arrogantes em nosso tom de voz. Apesar de muitas vezes nós mesmos não percebemos que estamos fazendo isso, as pessoas com quem estamos falando geralmente percebem, e isso pode gerar conflitos e atritos em nossos relacionamentos. Precisamos "nos desarmar" e estar atentos às coisas que dizemos - as palavras que usamos - mas também a tudo aquilo que fazemos com o nosso corpo ao dizer essas coisas: nosso tom de voz, nossos gestos, nossas expressões faciais, nossos comportamentos.
TRATE OS SENTIMENTOS COM RESPEITO
Você sente raiva, ciúmes, medo, tristeza, frustração, insegurança? Apesar de não gostarmos de ter todos esses tipos de sentimento, eles fazem parte da nossa natureza e podem ser muito úteis. O medo, por exemplo, nos deixa alertos e preparados para enfrentar ou escapar de perigos que possam nos fazer mal. Portanto, não devemos “fazer de conta” que eles não estão lá quando estão. Ao mesmo tempo, não precisamos descontá-los agredindo os outros. O mesmo vale para as outras pessoas: elas também têm sentimentos “negativos” e têm o direito de senti-los. Um filho, por exemplo, tem o direito de ficar com raiva dos pais quando esses não o deixam fazer algo que quer muito. Porém, ele não precisa agredi-los. Quando a raiva passar, uma boa coisa a se fazer é sentar e conversar sobre o que aconteceu.
APRENDA A LIDAR COM A RAIVA
Busque em sua memória algum momento, alguma situação, em que você ficou realmente com muita raiva. Pode ter sido na escola, em casa, na rua, no trabalho, com a família, talvez com alguém que tenha “pisado feio na bola” com você. Quando foi esse momento em que você ficou com raiva? Em situações como esta, como você reage: (a) como uma panela de pressão, engolindo sapo, e explodindo por dentro?; (b) sai dando tiro pra tudo quanto é lado, descontando no primeiro que aparece pela frente?; ou (c) você prefere transformar a sua raiva em sentimento de pena - pena de si mesmo, fazendo-se de vítima, chorando para alguém ou para si mesmo? E hoje, você já tratou dessa raiva ou ela ainda o(a) está machucando, deixando aquela dor em seu peito toda vez que você lembra dessa pessoa ou daquilo que aconteceu?

ESCOLHA UM BOM MOMENTO PARA “CONVERSAR PARA RESOLVER”
Se você já deu uma olhada nas dicas para uma boa comunicação, já deve ter percebido que às vezes uma simples atitude como “esperar a poeira baixar” e os ânimos se acalmarem pode fazer uma ENORME diferença na hora de lidar com um problema ou um conflito. Da mesma forma, cuidados com a escolha do local – de preferência um lugar reservado e longe dos olhares de “curiosos” – também ajudam as pessoas envolvidas em um conflito a conversar de forma mais aberta e menos defensiva.
BUSQUE SOLUÇÕES JUSTAS PARA OS CONFLITOS
Quando ouvimos a palavra “conflito”, a maioria de nós pensa em coisas negativas, como brigas, bate-boca, agressão física, guerras, insultos, entre outros. Entretanto, os conflitos em si não precisam ser negativos. Eles surgem como consequência da diferença de idéias, valores, opiniões, crenças, pontos de vista e escolhas entre as pessoas. Por que, então, sentimos que conflitos são ruins? O fato de um conflito ser construtivo ou destrutivo não depende tanto do conflito em si, mas sim da forma como lidamos com eles. Para que possamos utilizar nossos conflitos como uma oportunidade de crescimento, precisamos:
• Não olhar para a outra parte como inimiga.
• Trabalhar juntos para buscar uma solução.
• Buscar soluções em que todas as partes envolvidas saiam satisfeitas.
Para isso, eis algumas dicas para solucionar conflitos:
1) Identifique o problema;
2) Concentre-se no problema;
3) Ataque o problema, não as pessoas;
4) Escute com a mente aberta;
5) Trate o sentimento das pessoas com respeito;
6) Tenha responsabilidade pelos seus atos.

ENCONTRE SOLUÇÕES CRIATIVAS PARA OS PROBLEMAS
Diante de um apelido ou de uma provocação, muitas vezes podemos “deixar entrar por um ouvido e sair pelo outro”. Podemos também experimentar lidar com as situações difíceis de forma mais “leve”, rir um pouco das situações e de nós mesmos. Que tal brincar mais, expressar nossas idéias de formas criativas e atrativas? Muitas vezes, com um simples sorriso conseguimos “desarmar” as pessoas.


RESPEITE AS DIFERENÇAS
O que é uma boa escola para você? E uma boa cidade para se morar? O que é ser um bom pai, uma boa mãe e um bom filho/a? O que significa ter sucesso na vida? Violência resolve? Se você fizer essas mesmas perguntas para outras pessoas, provavelmente vai ter algumas respostas parecidas com as suas e outras bem diferentes. Isso significa que algumas respostas estão mais "certas" do que outras? Na verdade, isso nos mostra que as pessoas acreditam e pensam de forma diferente umas das outras, porque tiveram experiências de vida diferentes. Entretanto, muitas vezes temos tanta certeza de que o nosso jeito de ver as coisas é o jeito CERTO, que acabamos discutindo ou brigando com as pessoas que têm pontos de vista diferentes dos nossos para defender a nossa verdade. Respeitar as diferenças não significa abrir mão de nosso próprio ponto de vista. Respeitar as diferenças significa ser flexível e buscar compreender pontos de vista e jeitos de ser diferentes dos nossos. Observe-se: como você tende a agir com pessoas que pensam ou são diferentes de você?
APRENDA A LIDAR COM A ‘PRESSÃO DA TURMA’
Cada um de nós faz parte de vários grupos: a nossa família, a turma do prédio ou do bairro, os amigos da escola ou do futebol, os colegas de trabalho, as amigas do inglês. Cada um desses grupos tem o seu próprio jeito de funcionar e as suas “exigências” para que sejamos “bem-vindos”. Ao mesmo tempo, cada um de nós tem o seu próprio jeito de funcionar, que também precisa ser respeitado. Saber lidar com a “pressão da turma” significa poder dizer “não” ou “sim” ao que os grupos dos quais fazemos parte desejam de nós, respeitando o que realmente queremos, de maneira clara, direta e sem usar da violência.

ARRISQUE-SE A FAZER DIFERENTE
Conversar ao invés de discutir ou bater. Ouvir ao invés de falar sem parar. Contar até mil para se acalmar ao invés de xingar. Para a maioria de nós, viver valores de Paz implica mudanças de valores, crenças, formas de sentir e perceber, atitudes, posturas... enfim, mudanças no nosso jeito de ser. Muitas vezes desejamos essas mudanças porque não gostamos de “perder as estribeiras” nem de fazer coisas que magoam as pessoas que amamos. Acreditamos que podemos nos tornar pessoas ainda melhores do que já somos ou sentimos que precisamos mudar porque o nosso jeito atual de ser nos faz mal.
Mudar não é uma coisa que a gente faz do dia para a noite. Para uma pessoa que está acostumada a bater para resolver, por exemplo, xingar ao invés de bater pode ser um avanço, gritar ao invés de xingar pode ser outro e ter vontade de gritar e conseguir não gritar é mais um passo em direção ao grande objetivo, que pode ser “conversar para resolver”. Mudar exige muita coragem, determinação e esforço. O que você tem vontade de mudar ou acha que pode mudar no seu jeito de ser para contribuir ainda mais para a Construção de uma Cultura da Paz?

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